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Diário NFL

Analisando o Carolina Panthers no Super Bowl 50

Danilo Muller

05/02/2016 10h13

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Analisando o Carolina Panthers no Super Bowl 50

Foi preciso que todos os invictos perdessem Denver Broncos (7-0), Cincinnati Bengals (8-0) e New England Patriots (10-0), para o Carolina Panthers (15-1) ganhar algum tipo de respeito e finalmente o rótulo de favorito a campeão do Super Bowl 50.

Em 2010, Carolina teve a pior campanha da NFL (2-14), o que garantiu a primeira escolha no Draft e a chance de selecionar o vencedor do prêmio Heisman Cam Newton que logo no primeiro ano venceu o prêmio de novato do ano e mostrou que seria a cara da franquia, mas não por unanimidade.

Demorou dois anos para o time chegar aos playoffs, e apesar de derrotas nas primeiras partidas da pós temporada, o time se colocou como melhor time da NFC Sul.

2015 tem sido um ano mágico para o time, com a chegada de algumas peças, a linha ofensiva tem sido dominante tanto no jogo corrido quanto na proteção do quarterback, o veterano Jonathan Stewart voltou a ser um dos melhores running backs da liga e Cam Newton teve que mudar o seu jogo, elevar o nível após perder o seu wide receiver número 1 Kelvin Benjamin.

Sem o seu principal recebedor, o time teve que contar com um grupo de recebedores que antes da temporada era muito duvidoso, mas que provou no ano, ter os seus méritos, apesar de não acha-los brilhantes, tem se provado jogo a jogo.

Newton teve que começar a distribuir a bola com passes rápidos para o veterano Jerricho Cotchery, Devin Funchess e Corey Brown e algumas ameaças na bola longa para o veterano Ted Ginn Jr, que apesar de não ser um recebedor de elite com alguns drops, tem trazido muito perigo para as secundárias adversárias.

O tight end Greg Olsen passou a ser esse alvo principal de Newton e mostrou estar em seu melhor ano da carreira, sendo o diferencial desse ataque, a grande estrela no jogo aéreo.

Na defesa o time evitou as lesões e dramas dos anos passados, possui ótimos pass rushers em Jared Allen, Mario Addison e Charles Johnson, e possui um dos defensive tackles mais dominantes da NFL, talvez o jogador mais subestimado da liga Kawann Short.

Ninguém bate mais forte do que os linebackers Thomas Davis e Luke Kuechly, que parecem estar em todos os lugares do campo takleando ou roubando uma bola. Uma das melhores duplas do passado recentei, comparados a Patrick- Navorro, Ray-Suggs, Urlacher-Briggs.

Na secundária perderam Charles Tillman durante a temporada e ressuscitaram Cortland Finnegan e vimos em dois anos Josh Norman se tornar o cornerback mais dominante da liga, eliminou do jogo esse ano, todos os top recebedores da NFL, nas primeiras 14 semanas segurou DeAndre Hopkins, Mike Evans, TY Hilton, Dez Bryant e Julio Jones para apenas 9 recepções e 89 jardas combinadas, esquece um dos lados do campo.

O melhor jogador da temporada, MVP Cam Newton bateu muitos recordes durante o ano e tem como seu maior mérito, distribuir bem e rápido as jogadas  e errar muito pouco (35 TDs e 10 Ints), conseguindo vitória sobre 4 defesas no top 5 da NFL e nesse Super Bowl 50 vai enfrentar a número 1. A sua capacidade de correr, sendo em jogadas combinadas ou em escapadas, deixam qualquer defesa desequilibrada (10 TDs corridos).

Nos times especiais, o Panthers tem  dois sólidos chutadores no punter Brad Nortman e kicker Graham Gano, e no retorno o time não marcou esse ano, mas o retornador de punt Ginn Jr já tem alguns retornos para TD em sua carreira, Fozzy Whitaker e Joe Webb querem aparecer no kickoff.

Qual é a maior força do Panthers ? Qual a maior fraqueza ?

Sobre o autor

Ex-técnico da seleção brasileira de futebol americano com participação em quatro Campeonatos Mundiais e atual Diretor de Esportes da confederação brasileira.

Sobre o blog

O blog Diário NFL foi criado por Danilo Müller em março de 2006 com a ideia de passar informações e dar opiniões sobre o futebol americano, com destaque maior para a NFL. Os textos sempre foram escritos pensando em agradar tanto novatos quanto veteranos do esporte.

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